Por: Natália Carneiro
No segundo dia da Casa Sueli Carneiro na 28ª edição da Conferência das Nações sobre Mudanças Climáticas (COP28), participamos do encontro do presidente Lula com organizações da sociedade civil. A reunião ocorreu em um evento paralelo à COP 28 e contou com a presença de 135 representantes de diversas organizações em diferentes áreas de atuação. Na ocasião, entidades como CONAQ, PerifaConnection, Geledés Instituto da Mulher Negra e Peregum estiveram presentes, representando também a Coalizão Negra por Direitos.
Durante a reunião, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, ressaltou a importância da participação indígena nas COPs desde 2015, destacando o aumento de povos indígenas engajados na questão climática nesses espaços. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, relembrou a construção da Rio 92 com eixos estabelecidos que foram fundamentais para o debate climático, agora ampliado no âmbito COP, Troxe também a relevância de discutir enchentes extremas, desertificação e as queimadas como danos irreversíveis causados pelas mudanças climáticas.
Quatro representantes foram escolhidos para falar durante a conversa com o presidente: Dinamam Tuxá, coordenador da articulação dos povos indígenas do Brasil; a jovem Marcele Oliveira, negociadora pelo clima; Márcio Astrini, do Observatório do Clima; e Kátia Penha, membro da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ). Destacamos a seguinte fala de Kátia: “O racismo ambiental não permite a visibilidade dos dados sobre a importância dos territórios quilombolas do país e do mundo.”
Durante sua intervenção, o presidente Lula abordou as expectativas para a COP 30, que será realizada no Brasil e confirmou a participação do país na Opep+, gerando frustração em alguns ambientalistas presentes. Ele permaneceu em silêncio quando questionado sobre a diversidade na composição de cargos públicos em seu governo.
A Casa Sueli Carneiro participou como ouvinte da mesa de negociação intitulada “Gender and climate change – Informal consultation – SBI 18”, na qual foram analisados todos os pontos do documento oficial que aborda o progresso da igualdade de gênero e do empoderamento de mulheres e meninas. Destacou-se a importância de uma participação equitativa desse grupo para assegurar o alcance das metas climáticas.
