Casa Sueli Carneiro
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Foto: Sheila Leoneli
Em Movimento

Casa Sueli Carneiro participa da 8ª edição da Marcha das Mulheres Negras, em São Paulo

28/07/23

A celebração, que ocorreu em 25 de julho, contou com homenagem a Solimar Carneiro, conselheira da Casa Sueli Carneiro

Texto: Isabela Alves

A Casa Sueli Carneiro esteve presente na 8ª edição da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo, que teve como tema “Mulheres negras em marcha por um Brasil com democracia! Sem racismo! Sem violências! Sem anistia para os fascistas! Justiça por Marielle Franco e Luana Barbosa! Por nós, por todas nós, pelo Bem Viver!”. 

A marcha ocorreu no dia 25 de julho, como uma atividade ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha e teve concentração na Praça da República em direção a Biblioteca Mário de Andrade, no centro de São Paulo. 

A data foi instituída em 1992, pela Organização das Nações Unidas (ONU), durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana, com o objetivo de lembrar a luta e resistência das mulheres negras contra o racismo, o machismo, a violência, a discriminação e o preconceito que ainda faz muitas vítimas no continente.

Juliana Gonçalves/ Foto: Natália Carneiro

No Brasil, o 25 de julho também é Dia Nacional Tereza de Benguela, liderança do Quilombo do Piolho, localizado na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, atual estado de Mato Grosso, que resistiu à escravidão por duas décadas, até 1770.

“Esse ato é muito importante não só para lembrar que as mulheres negras são as que mais sofrem com o feminicídio, com o aborto clandestino, com o desemprego e a fome, mas também que a gente tem que ressaltar a nossa cultura: Lélia González, Leci Brandão e Anielle Franco”, disse Giovana Duarte, representante do UNEGRO – União de Negros e Negras pela Igualdade.

Debora Dias durante a 8ª edição da Marcha das Mulheres Negras/ Foto: Natália Carneiro

Em sua fala, Debora Dias, conselheira da Casa Sueli Carneiro e representante do Quilombo Periférico, denunciou o genocídio da juventude negra nas periferias de São Paulo e relembrou o Massacre de Paraisópolis, que completou 3 anos sem justiça. 

Raissa Albano De Oliveira durante a 8ª edição da Marcha das Mulheres Negras/ Foto: Natália Carneiro

No caso, 9 jovens foram mortos em uma operação da Polícia Militar em Paraisópolis (zona sul de São Paulo) por 12 policiais e até hoje ninguém foi preso. “Seguimos em marcha, em luta, por um projeto político de vida para todos”, gritou.  

Ao final, houve uma homenagem às mulheres negras que fizeram sua passagem ao Orun e Solimar Carneiro, conselheira da Casa Sueli Carneiro e presidente de Geledés – Instituto da Mulher Negra por dois mandatos, entre os anos de 2003 e 2009. 

Solimar Carneiro dedicou-se a projetos de inserção de pessoas negras no mercado de trabalho, buscando promover a igualdade de oportunidades. Também coordenou iniciativas emblemáticas como o Projeto Briu e o Projeto Rappers, estratégicos para consolidar o Hip Hop como manifestação cultural e plataforma de expressão da juventude negra.

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