A Casa Sueli Carneiro abre inscrições para a 4ª edição do curso Fazedoras de Memória Negra, realizado em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo. Gratuito e 100% remoto, o curso oferece uma formação dedicada à valorização, registro e difusão das memórias negras no Brasil. Com carga horária de 40 horas e encontros semanais às terças-feiras, a formação reúne 12 especialistas de diferentes áreas e propõe um espaço potente de troca, aprendizado e fortalecimento do protagonismo negro. As inscrições estão abertas até 7 de maio.
Confira abaixo o conteúdo de cada módulo:
Temporalidades, memória e patrimônio
Além da cronologia ocidental, cosmogonias afro-brasileiras têm diferentes e complexas percepções do tempo. O cosmograma bakongo, por exemplo, sistematiza temporalidades cíclicas a partir da ideia de kalunga. Tais acepções do tempo serão apresentadas em diálogo com o tempo histórico e as teorias de construção e disseminação de memória.
Aline Mota
Safira Moreira
Salloma Salomão
Arquivos – organização e pesquisa
Documentos escritos, fotografias, recortes de jornal, objetos, livros podem ser organizados e catalogados de forma intencional como arquivos públicos. A organização de acervos será um tema do módulo, bem como a pesquisa em acervos já organizados.
Franciéle Carneiro Garcês da Silva
Joana Flores
Anelis Assumpção
Corpo e oralidade
Povos e culturas tradicionais registram e disseminam memória por meio da oralidade e de práticas corporais como a dança e o canto. Nas famílias, vizinhanças, casas de santo e práticas culturais há memória negra a ser percebida e registrada.
Vânia Oliveira
Panamby Elton
Sergio Perere
Território e narrativa
A forma como os lugares são ocupados, formatados, constituídos carrega a memória. Algumas vezes valorizada e tantas vezes apagada, a memória negra pode ser percebida em marcas nos territórios. Na contemporaneidade, há diversas narrativas de memória que retomam informações guardadas no espaço físico.
Itamar Vieira Júnior
Janaína Damaceno
Nilma Bentes
Aline Motta (1974, RJ) é artista visual e escritora. Participou de bienais e trienais como a de Sharjah, EAU (2023), São Paulo, Brasil (2023), Coimbra, Portugal (2024), Stellenbosch, África do Sul (2025), Trondheim, Noruega (2025). Exibiu suas obras no MoMA, New Museum, Pompidou-Metz, MASP, MALBA, Centro Cultural Kirchner, Rencontres de la Photographie, Arles, MAR, MAM-Rio. Seu livro “A água é uma máquina do tempo” foi finalista do Prêmio Jabuti 2023.
A compositora, percussionista e intérprete, Anelis Assumpção convive desde sempre com a música, seja acompanhando a banda do pai (o músico Itamar Assumpção, falecido em 2003), seja como integrante da Banda Dona Zica, forte referência da nova música paulistana. Como artista independente, já lançou 4 discos autorais: “Sou Suspeita, Estou Sujeita, Não Sou Santa” (2011); “Amigos Imaginários” (2014)– que lhe rendeu o prêmio Deezer de Artista do Ano (2014) e o prestigiado prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) para Melhor Artista Revelação, no ano de 2015; “Taurina” (2018), melhor disco do ano e melhor capa pelo Prêmio Multishow 2018; e “SAL”, lançado em 2022, onde cada faixa foi co-produzida por Anelis e uma grande artista da música contemporânea brasileira: Luedji Luna, Céu, Thalma de Freitas, Maira Freitas, Josyara, Larissa Luz, Mahmundi, Iara Rennó e Curumin. Considerado um dos melhores álbuns de 2022, ‘SAL’ recebeu o prêmio de Melhor Produção Musical do ano pela APCA. Atualmente, Anelis também é Diretora Geral do Museu Itamar Assumpção, primeiro museu virtual de um artista negro brasileiro, e seu livro ‘Serena Finitude’, lançado pela Oh!Editora, o selo infantojuvenil da Editora Veneta, foi considerado um dos 30 melhores livros infantis de 2022. Em 2 de fevereiro de 2024, Anelis lança seu primeiro single em francês, ‘Encore Un Tour’, um movimento de encontro com os países francófonos da diáspora africana.
Bibliotecária negra. Professora Adjunta no Departamento Acadêmico de Ciência da Informação, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Professora Colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Gestão da Informação, da Universidade do Estado de Santa Catarina (PPGInfo/UDESC). Doutora em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Minas Gerais. Idealizadora e gestora do Quilombo Intelectual e Coordenadora do Selo Nyota. Coordenadora do Grupo de Trabalho Relações Étnico-raciais e Decolonialidades (GT RERAD-FEBAB). É vice-líder do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Recursos, Serviços e Práxis Informacionais (NERSI-UFMG). Autora do livro “Biblioteconomia Negra: das epistemologias negro-africanas à Teoria Crítica Racial”.
Itamar Vieira Junior é doutor em Estudos Étnicos e Africanos e mestre em Geografia. É Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), desenvolvendo atividades no Serviço de Regularização de Territórios Quilombolas no estado da Bahia. Na sua carreira como escritor destacam-se grandes obras, entre eles Torto Arado (vencedor do Prémio Leya) e o mais recente Salvar o fogo. Trabalha com palestras em eventos, aulas, colunas jornalísticas.
Professora Adjunta do Curso de Cinema da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Territorialidades da UFF. Nos últimos anos tem investigado os sentidos da fotografia e da arte negra na contemporaneidade. Coordena o Grupo de pesquisas Afrovisualidades: estéticas e políticas da Imagem Negra. Faz parte do Fórum Itinerante de Cinema Negro (Ficine) e do Conselho Administrativo do Instituto Moreira Salles.
Doutora em Crítica Cultural pelo Programa de Pós-Crítica/UNEB com a tese intitulada: Isso é Coisa de beco! Contra–narrativas hegemônicas de museus no século XXI. Graduanda (concluinte) do Curso de Jornalismo pela UFRB; Mestra em Museologia pelo PPGMuseu/UFBA (2015) e Graduada em Museologia pela mesma Universidade (1996). Poeta, Escritora e Autora dos livros: “Catrapissu: a menina que não existia” (2020) e “Mulheres Negras e Museus de Salvador: diálogo em branco e preto” (2017), além do Livro ” O dia em que as crianças salvaram a terra” em coautoria com Cristina Melo. Tem participação em Coletâneas Literárias e em Revistas Científicas. Atualmente é Museóloga da UFRB; Membra fundadora do Observatório Negro dos Museus e da Museologia, Membra fundadora do Coletivo em Defesa do Museu do Povo Negro, membra da Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negras e membra da Rede Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Ciência.
– Uma das fundadoras do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará-CEDENPA,
– Co-criadora da Rede Fulanas NAB-Negras da Amazônia Brasileira
– Organizadora/redatora de vários documentos do Cedenpa como:
– Cedenpa: Raça Negra a Luta pela Liberdade (quatro edições)
– Noções Sobre a Vida do Negro no Pará
– Escola e Racismo: A questão do Negro em Belém (duas edições)
– Plantando Axé: Religiões afro-brasileiras e Movimento Negro
– ABC do Combate ao Racismo em Belém (três edições)
– Cuia de Axé (duas edições)
– A igualdade racial é possíve! (para FSM 2009 , em Belém)
– Cedenpa: Uma breve história dos 30;
– Autora do livro “Negritando”, catalogado na bibliografia da temática negra;
– Autora do livro Aspectos da trajetória da população negra no Pará (2014)
– Escreveu vários artigos para jornais e revistas, publicados em para outros idiomas ;
– Propositora da Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver-2015.
Panamby é artista, des-ensinadore, mãe/mamão. Dedica-se à pesquisa e criação poética a partir de limites psicofísicos, práticas corporais, sonoras e oníricas em experiências rituais, aparições, vultos e visagens. Segue suturando na vida e trilhando caminhos de regeneração transitando entre territórios (SP/RJ/MA). Passou a trabalhar sonoridades como prática poética escura, instigado pelos processos de gestação e parto, como tentativa de tanger o invisível, evocar e comunicar em outras língua-gens. Nos últimos anos tem circulado com suas aparições sônicas e realizado acompanhamentos, tutorias e oficinas.
www.panamby.art
Safira Moreira dirigiu os curta-metragens documentários “Travessia” (2017), “Nascente” (2020) e “Alágbedé” (2021). Em 2021 desenvolveu o roteiro da série “Olhares Negros”, premiado através da Lei Aldir Blanc. Dirigiu a série “Música Conecta” para a Devassa documentando a última gravação da cantora Gal Costa em estúdio. É roteirista das séries, Sobrepostas e Resíduos, ambas exibidas no Canal Brasil, e do documentário “Mães do Brasil”, exibido na Rede Globo em 2023, alcançando 15 milhões de espectadores. Em 2025 lança “Cais”, seu primeiro longa-metragem financiado pelo Rumos Itaú, Fundo Avon Mulheres e Sundance Documentary Fund.
Salloma Salomão é multiartista afromineiro residente em São Paulo. Educador de ensino básico e superior, pesquisador de culturas africanas e afro-diaspóricas. Vivências nas musicalidades e teatralidades negras. Professor colaborador da Escola Livre de Teatro de Santo André e do Conservatório Dramático e Musical de Tatuí. Produtor de trilhas sonoras para cinema e dramaturgias musicais para função cênica
Sérgio Pererê é cantor, compositor, multi-instrumentista, ator e diretor musical. Seu trabalho autoral é reconhecido pelo diálogo que estabelece entre a tradição e a experimentação, pela profusão de sonoridades – com destaque para as referências afro-latinas –, e pelo timbre peculiar de sua voz. Sua poesia sofisticada entrelaça temas cotidianos a metafísicos enunciados e elementos do sagrado de matriz africana, como o Reinado de Minas Gerais. Já se apresentou em várias regiões do Brasil e em países como Canadá, Áustria, Espanha, Moçambique, China e Argentina. Sérgio Pererê considera-se amadrinhado pelas raízes banto de Minas Gerais. “Sou um devoto da arte, um artista negro brasileiro”.
A compositora, percussionista e intérprete, Anelis Assumpção convive desde sempre com a música, seja acompanhando a banda do pai (o músico Itamar Assumpção, falecido em 2003), seja como integrante da Banda Dona Zica, forte referência da nova música paulistana. Como artista independente, já lançou 4 discos autorais: “Sou Suspeita, Estou Sujeita, Não Sou Santa” (2011); “Amigos Imaginários” (2014)– que lhe rendeu o prêmio Deezer de Artista do Ano (2014) e o prestigiado prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) para Melhor Artista Revelação, no ano de 2015; “Taurina” (2018), melhor disco do ano e melhor capa pelo Prêmio Multishow 2018; e “SAL”, lançado em 2022, onde cada faixa foi co-produzida por Anelis e uma grande artista da música contemporânea brasileira: Luedji Luna, Céu, Thalma de Freitas, Maira Freitas, Josyara, Larissa Luz, Mahmundi, Iara Rennó e Curumin. Considerado um dos melhores álbuns de 2022, ‘SAL’ recebeu o prêmio de Melhor Produção Musical do ano pela APCA. Atualmente, Anelis também é Diretora Geral do Museu Itamar Assumpção, primeiro museu virtual de um artista negro brasileiro, e seu livro ‘Serena Finitude’, lançado pela Oh!Editora, o selo infantojuvenil da Editora Veneta, foi considerado um dos 30 melhores livros infantis de 2022. Em 2 de fevereiro de 2024, Anelis lança seu primeiro single em francês, ‘Encore Un Tour’, um movimento de encontro com os países francófonos da diáspora africana.
Das 10h às 17h, de segunda a sexta-feira
Rua Professora Gioconda Mussolini, 259 – Jardim Rizzo, São Paulo – SP, 05587-120