No dia 21 de novembro o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) realizará o evento Consciência Negra nos Estudos Brasileiros, entre as 14h e às 19hs, presencialmente. Para tanto, reuniu pesquisadoras e pesquisadores para apresentarem seus trabalhos, que de diferentes formas, têm relação com questões raciais, acervo e perpassam o IEB. O evento integra um conjunto de ações que o instituto tem empreendido para valorizar a história, a memória e a produção artística e intelectual dos diversos sujeitos que compõem a sociedade brasileira.
O evento é coordenado pela equipe do IEB, Elisabete Marin Ribas, Flávia Camargo Toni, Inês Gouveia e Luciana Suarez Galvão e pela pós-doc Enidelce Bertin e é uma realização do Grupo de Pesquisa Patrimônios Culturais, Museus e Direitos Humanos. A programação é composta por duas mesas-redondas e uma apresentação da violonista Gabriele Leite, como segue:
Programação:
Mesa 1 – IEB e consciência negra: 14hs
- Nathália Cecília Pessoa Caires e Carolina Natividade
- Luciana Martins Diogo
- Cristiane Avelar
Mediação: Enidelce Bertin
Mesa 2 – Acervos, pesquisas e consciência negra: 15hs - Bianca Santana
- Tiganá Santana
- Ligia Fonseca Ferreira
Mediação: Inês Gouveia
Debate aberto ao público – 17hs
Encerramento – Apresentação – 18hs
Gabriele Leite
Local: Instituto de Estudos Brasileiro (IEB-USP – auditório 02)
Av. Prof. Luciano Gualberto, 78 – Cidade Universitária
Bios das convidadas/os:
- Nathália Cecília Pessoa Caires:
Bacharel em História pela Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP. Por dois anos, entre 2021 e 2022, foi bolsista do Programa Unificado de Bolsas (PUB) no projeto “Imprensa Negra Paulista no acervo do IEB”. Possui como área de interesse de estudos as pautas social, cultural e de gênero dentro da Imprensa Negra Paulista, à exemplo, as normativas morais de socialização postuladas pela Imprensa Negra Paulista.
- Carolina Natividade:
Graduanda em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP. Participa como bolsista no projeto “Imprensa Negra Paulista no acervo do IEB” desde de 2022. Têm como interesse de estudos dentro da Imprensa Negra Paulista a vida social da comunidade através dos clubes e associações negras.
- Luciana Martins Diogo:
Doutoranda em Literatura Brasileira (FFLCH/USP); Mestra Estudos Brasileiros (IEB/USP); Bacharela e Licenciada em Ciências Sociais (FFLCH /USP). É criadora e gestora de conteúdo do portal Memorial de Maria Firmina dos Reis e editora da Revista Firminas – pensamento, estética e escrita, uma revista focada na produção intelectual e artística de mulheres negras. É também autora do livro Maria Firmina dos Reis: vida literária (Malê, 2022).
- Cristiane Avelar: Educadora e pesquisadora de artes e culturas afro-brasileiras. É mestra em
Filosofia pelo IEB-USP, onde desenvolveu uma pesquisa sobre a trajetória artística de Maria Lídia
Magliani. Foi coordenadora do Núcleo de Consciência Negra na USP e do curso preparatório
para a pós-graduação voltado aos públicos das ações afirmativas.
- Bianca Santana: Doutora em ciência da informação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, com uma tese sobre memória e escrita de mulheres negras. Mestra em educação também pela USP. Diretora-executiva da Casa Sueli Carneiro, que compõe a Coalizão Negra por Direitos. Comentarista do Jornal da Cultura. Professora da graduação em jornalismo da Faap e da pósgraduação em estratégias de comunicação digital da Fundação Getúlio Vargas. Autora de Arruda e guiné: resistência negra no Brasil contemporâneo (Fósforo, 2022), Continuo preta: a
vida de Sueli Carneiro (Companhia das Letras, 2021) e Quando me descobri negra (SESI-SP, 2015. Fósforo, 2022). Organizadora das coletâneas Inovação Ancestral de Mulheres Negras: táticas e políticas do cotidiano ( Oralituras, 2019), Vozes Insurgentes de Mulheres Negras: do século XVIII à primeira década do século XXI (Mazza Edições/ Fundação Rosa Luxemburgo, 2019), e Recursos Educacionais Abertos: práticas colaborativas e políticas públicas (Edufba/Casa de Cultura Digital,
2012). Foi colunista de ECOA-UOL e das revistas Gama e Cult. É associada da SOF – Sempreviva Organização Feminista e compõe os conselhos da Casa do Povo, Oxfam Brasil e Instituto Marielle Franco.
- Tiganá Santana: Professor Adjunto do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Prof. Milton Santos (IHAC), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), atuando no Bacharelado Interdisciplinar em Artes. Possui Doutorado em Letras pelo Programa de Estudos da Tradução do Departamento de Letras Modernas da Universidade de São Paulo (USP) e é bacharel em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). É compositor, cantor, instrumentista, poeta, produtor musical, diretor artístico e curador. Realizou seu pósdoutorado no Instituto de Estudos Brasileiros/USP, onde atua como docente, na Pós-Graduação em Culturas e Identidades Brasileiras. Suas investigações voltam-se, principalmente, para as línguas, linguagens, artes e cosmologias afrodiaspóricas (com ênfase nas afrobrasileiras) e africanas (com ênfase em culturas bantu), estabelecendo-se os cruzamentos entre tais chaves de pensamento e aquelas provenientes de outras experiências culturais de existência não ocidentais e ocidentais. É tradutor e tem experiência na área de Artes, notadamente, composição e
performance musicais, poesia, narrativas audiovisuais e curadoria artística. É membro da Coordenação Colegiada do curso de extensão em línguas Kimbundu e Yoruba do NUPEL (Núcleo Permanente de Pesquisa e Extensão em Letras) – UFBA. No âmbito dos Estudos da Tradução, direciona-se, ainda, à investigação intersemiótica, sobretudo, no que tange a distintas linguagens artísticas e a distintas percepções, tendo como base constante referenciais teóricos afrocentrados em diálogo com outros modos, paradigmas e correntes de pensamento e expressão, tais como alguns ameríndios. Possui pesquisas em torno de pensadores africanos como Bunseki Fu-Kiau, Zamenga B. e Sophie Oluwole. Foi o primeiro compositor da história fonográfica brasileira a apresentar, como compositor (e intérprete), um álbum musical com obras em línguas africanas. Foi
agraciado, em 2020, com o prêmio de 1º lugar da ANPOLL (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Lingüística) por sua tese de doutorado.
- Ligia Fonseca Ferreira: Docente do curso de Letras da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Bacharel em Letras e Linguística pela USP. É doutora em Letras pela Universidade de Paris 3 –
Sorbonne, com tese sobre a vida e a obra de Luiz Gama. Realizou pós-doutorado no Instituto de Estudos Brasileiros (IEBUSP) sobre epistolografia de Mário de Andrade com intelectuais brasileiros e
franceses. Organizou a edição da obra poética integral Primeiras Trovas Burlescas & outros poemas de Luiz Gama (2000), a antologia Com a palavra Luiz Gama. Poemas, artigos, cartas, máximas (2011, 2018) e Lições de resistência: artigos de Luiz Gama na imprensa de São Paulo e do Rio de Janeiro (2020). É autora dos ensaios “Mário de Andrade, africanista”, publicado do livro inédito do autor Aspectos do folclore brasileiro, 2019), e de “Um diálogo francobrasileiro: a correspondência inédita entre Roger Bastide e Mário de Andrade”, no volume Aberto para balanço. Ensaios de revisão crítica do modernismo brasileiro ( 2022). Como tradutora, seus últimos trabalhos de são a tradução de Os
condenados da terra, de Frantz Fanon (com Regina S. Campos, 2022) e Uma africana no Louvre, de Anne Lafont ( 2022).
- Gabriele Leite: Foi a primeira violonista clássica listada na revista Forbes under 30 edição 2021. Atualmente reside em Nova York (EUA), onde cursa Doutorado em Performance Musical na
prestigiosa pela Stony Brook University sob orientação de João Luiz Rezende. Gabriele é Bacharel em violão pelo Instituto de Artes da UNESP em São Paulo e Mestre em performance musical pela Manhattan School of Music (Nova Iorque/EUA). Durante a graduação no Brasil foi ganhadora do Programa de Bolsas de Estudos Magda Tagliaferro, promovido pela Sociedade Cultura Artística. Recentemente foi ganhadora do concurso “Vienna Classical Strings Competition ” junto com o violonista Eduardo Guterres. Em 2020, foi eleita pelo júri popular como Jovem Talento no Grande Prêmio Concerto. Gabriele Leite foi bolsista internacional da Sociedade Cultura Artística desde abril de 2020, patrocinada pela marca de cordas Augustine Strings (EUA), usando o modelo Augustine Regal/Blue (High Tension).
Contatos:
IEB: (11) 30913197
Inês Gouveia: e-mail: inescgouveia@usp.br