Liliane Braga (Ndembwemi)

Liliane Braga (Ndembwemi) é filha do Inzo Tumbansi, terreiro de candomblé de feição kongo-angola, ao qual se vincula o Instituto Latino Americano de Tradições Bantu (ILABANTU), do qual faz parte. Tem doutorado em História (PUC-SP/CECAFRO), com tese defendida em 2018 sobre epistemes negras a partir de cinemas caribenhos. É pesquisadora afiliada à AINALC (Associação de Investigadorxs Latino-mericanxs e do Caribe) atuante nos campos da educação, consultoria e realização de programas e projetos culturais e audiovisuais voltados a culturas africanas e afro-diaspóricas. Por quase duas décadas tem trabalhado com formação de professorxs e descolonização do currículo em instituições públicas e privadas, entre elas, junto do Núcleo Étnico-Racial e do Programa Jogos de Tabuleiro da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME-SP), com foco em epistemes africanas presentes no jogo Mancala Awelé.

Projeto de Residência

Projeto voltado à fabulação de personagens (mulheres afrodiaspóricas) cujas histórias serão alimentadas a partir do acervo da Casa Sueli Carneiro. A pesquisa no acervo inclui a trajetória pessoal e as contribuições intelectuais de Sueli Carneiro, a participação de ativistas negras brasileiras na Conferência de Durban em 2001 e de jovens negras do movimento Hip Hop que, na década de 1990, integraram o Projeto Rappers (Instituto Geledés). Entre os conceitos que orientam a composição dessas personagens está a escrevivência (Conceição Evaristo) e as tecnologias negras que conformam nossa forma de produzir e transmitir conhecimento, cunhadas pela expressão “epistemes musicosmodançantes” (BRAGA, 2018). Estarão presentes memórias de sua família e da própria autora, envolvendo a pedagogia do candomblé, a comunidade LGBTQIA+ e o percurso de perspectiva decolonial em ambientes de ativismo, de pesquisa e acadêmicos no norte e no sul global, enquanto uma pessoa negra em movimento (Nilma Lino Gomes).

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