Carmen Luz, Luciana Araújo e Dom Filó discutem a produção audiovisual negra no Brasil, com mediação de Sheila Leoneli
O evento “Rodas das artes: Diálogos audiovisual” dá sequência à programação do III Festival Casa Sueli Carneiro, que acontece de 24 a 30 de junho na Casa Sueli Carneiro e em outros espaços da cidade de São Paulo.
No dia 26/06 (quarta), das 19h às 21h, o Geledés – Instituto da Mulher Negra recebe convidados para conversar sobre o papel do audiovisual para a memória e o legado negros, suas trajetórias e realizações, a partir de um diálogo sobre seus diferentes aspectos como ferramenta de luta, disputa e manifesto.
O encontro conta com as participações de Carmen Luz, Luciana Araújo e Dom Filó, e mediação de Sheila Leoneli, sendo realizada após a exibição, também no Geledés, de cinco documentários reunidos na Mostra Audiovisual que integra as atividades do III Festival. (incluir link para o texto da Mostra)
A entrada é gratuita, mediante inscrição prévia.
Sobre os participantes:
Carmen Luz é coreografa, cineasta, artista visual, curadora, criadora e pesquisadora em dança e teatro. É autora do roteiro, produção e direção de Um filme de dança (2013). Possui mestrado em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ e pós-graduação em Teatro pela UFRJ e em Cinema Documentário pela Fundação Getúlio Vargas/RJ. As políticas da memória e as culturas negras de resistência constituem as bases de sua pesquisa artística e teórica. Suas obras abordam as artes do corpo, os imaginários e as práticas subalternizadas, especialmente de mulheres, homens e jovens afrodescendentes. Foi diretora artística, programadora e curadora do Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro e do Centro Cultural José Bonifácio/MUHCAB (Museu da História e Cultura Afro-Brasileira). É fundadora, coreógrafa e diretora artística da Cia. Étnica de Dança. Atua, ainda, como professora nos cursos de graduação e mestrado profissional da Faculdade Angel Vianna e colabora na criação e desenvolvimento de projetos de arte, cultura, educação e ativismo comunitário.
Luciana Araujo é jornalista e bacharel em Comunicação Social pela UERJ, com formação extensiva em gênero pela FFLCH-USP. É ativista da Marcha de Mulheres Negras de São Paulo, integrante do Movimento Negro Unificado (MNU) e articuladora do Mobiliza Saracura Vai-Vai, movimento formado por moradores, ativistas e pesquisadores que têm se dedicado a destacar a história da população negra no Bixiga. É coautora de Imprensa e direitos das mulheres: papel social e desafios da cobertura sobre feminicídio e violência sexual (2019, Instituto Patrícia Galvão) e Feminicídio #invisibilidademata (2017, Fundação Rosa Luxemburgo/Instituto Patrícia Galvão), e organizadora de Tribunal Popular: o Estado brasileiro no banco dos réus (2011, Fundação Rosa Luxemburgo). Foi consultora em comunicação para a ONU Mulheres Brasil na divulgação da 62ª Comission on the Status of Women (CSW) e nas ações #Brasil50-50 (2019) e redatora e editora do Relatório Luz da Sociedade Civil sobre a Agenda 2030 (edições 2020, 2021, 2022 e 2023).
Dom Filó é responsável pela Cultne.TV, primeiro canal da televisão brasileira 100% dedicado à cultura negra e idealizador e fundador do Instituto Cultne, maior acervo virtual de audiovisual de cultura negra da América Latina, com mais de 3 mil horas de conteúdo autoral e inédito, reunido ao longo de mais de 40 anos de registro e memória do Movimento Negro contemporâneo. É diretor geral do programa Cultne na TV, exibido na TV Alerj desde 2015. Foi apresentador do Programa Radial Filó, pioneiro na TV brasileira, com duas horas de programação diária “ao vivo”, na extinta TV Rio. Nos anos 1970, foi um dos mentores e protagonistas do Movimento Black Rio. Introduziu o basquete de rua no Brasil com a pioneira LUB – Liga Urbana de Basquete. Engenheiro civil, jornalista, produtor cultural e cine-documentarista, é pós-graduado em marketing pela ESPM e MBA em gestão esportiva pela FGV. Em 2019, palestrou na Universidade de Harvard, durante a Conferência de Estudos Afro-latinos e Americanos. É Cidadão Honorário da Cidade de Atlanta (EUA) e Benemérito da Paz pelo Comitê Central da Paz – Iniciativa de Solidariedade a Serviços dos Direitos Humanos. Em 2021, foi contemplado na 100 PowerList, que premiou as 100 Personalidades Negras Mais Influentes da Lusofonia. Desde de 2022, é o único brasileiro a fazer parte do board de curadoria internacional do Museu da Herança Mundial Pan-Africana de Ghana, África, a ser lançado em 2025.
Sheila Leoneli é pesquisadora e artista multidisciplinar formada pela vida e mestranda em Artes e Disseminação pela Universidade Metropolitana de Oslo. Cineasta, produtora e idealizadora da Ìyágbà Kilombo – Território Artístico Femi Exuístico, projeto que visa mapear, aquilombar e amplificar vozes de mulheres e pessoas lgbtqiapn+ na disseminação de saberes ancestrais através das artes. Mulher preta afro indígena, é filha de Elza, neta de Deusa e Jardelina. Vive atualmente entre Brasil e Noruega.
SERVIÇO:
III Festival Casa Sueli Carneiro
Roda das Artes: Diálogos Audiovisual
Data: 26 de junho (quarta-feira)
Horário: 19h às 21h
Local: Geledés – Instituto da Mulher Negra
Endereço: Rua Santa Isabel, 137 – Vila Buarque, São Paulo, SP
Gratuito | *Inscreva-se para participar